Expectativa dos analistas para IPCA de 2015 passou de 8,37% para 8,39%. Copom se reúne nesta semana e mercado vê juro indo para 13,75% ao ano.
Os economistas do mercado financeiro pioraram suas previsões para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Também foi mantida a estimativa de uma nova alta dos juros básicos da economia, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta semana.
Se confirmada, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Para 2016, a previsão dos economistas para o IPCA ficou estável em 5,50% na última semana.
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,27%. Foi o segunda queda seguida deste indicador. Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,24%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
Na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária.
Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano no fim de abril, o maior patamar em seis anos, o mercado manteve a estimativa de que os juros avançarão para 13,75% ao ano na próxima quarta-feira (3) - quando se reúne novamente o Comitê de Política Monetária (Copom) da autoridade monetária.
Para o fim deste ano, a estimativa dos economistas subiu de 13,75% para 14% ao ano, o que mostra que o mercado financeiro acredita que os juros continuarão subindo após a reunião do Copom desta semana. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 permaneceu inalterada em US$ 3 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit ficou estável em US$ 10 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 65,5 bilhões para US$ 66 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu em US$ 65 bilhões.
G1
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