“Tive que estudar em dobro, para concorrer com o pessoal”, afirma a Débora Fernandes
Em entrevista ao R7, a estudante fala como conseguiu bons resultados nos vestibulares de 2015 e sobre a escolha de, no fim das contas, fazer o curso de arquitetura na USP.
— Escolhi a USP, porque não tenho como me bancar em Campinas. A USP é mais parto para mim e era o meu grande sonho estudar lá.
Muito estudo e lazer
No ano passado, a estudante obteve bolsa integral no Anglo Vestibulares por ter ficado entre os melhores alunos da instituição em 2013, seu segundo ano de cursinho.
A oportunidade exigiu ainda mais disciplina do que nos anos anteriores: Débora estudava 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira. “Tive que estudar em dobro, para concorrer com o pessoal”, afirma.
— Nas sextas-feiras, eu ficava até as 22h30 no cursinho, porque fazia curso específico para a prova de habilidades em arquitetura.
Segundo a aluna, o esforço durante a semana era compensado pelos descansos aos sábados e domingos, quando aproveitava para passear e estar com o namorado.
Neste sentido, as orientações de Débora para os vestibulandos que passarão pelos processos seletivos de 2016 são: não desistir nunca; ter calma; observar as defasagens de conteúdos específicos trazidos da escola e focar em superá-las; estudar o máximo, mas também ter momentos de diversão.
— Não adianta estudar durante 14 horas por dia e não estar descansado para fazer o vestibular. O vestibular também tem a ver com a sorte de cair na prova as coisas que você estudou e exige calma para resolver as questões.
Dificuldades como incentivo
Como estudou durante o final da educação básica em uma escola pública, Débora teve dificuldades até mesmo para acompanhar as disciplinas do cursinho. Nesses momentos, o apoio da família foi fundamental.
— Quando eu voltava chorando do cursinho, achando que eu não ia conseguir passar no vestibular porque o pessoal da minha sala era de escola particular e sabiam muito mais do que eu, minha mãe falava para eu me esforçar que eu ia conseguir e que a universidade pública é para todos.
Hoje, a jovem diz ter um misto de emoções ao lembrar de seus amigos de bairro que não puderam ter a mesma trajetória de estudos que a sua.
— Às vezes, essas pessoas desistem porque têm que trabalhar e estudar ao mesmo tempo. E não tem como aguentar a pressão para estudar sete horas por dia e ainda trabalhar. O vestibular às vezes é injusto, porque não vai medir todo o esforço que essas pessoas fizeram para tentar entrar na universidade.
R7.
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