sábado, 21 de fevereiro de 2015

Senador paraibano líder do PSDB rebate declaração de Dilma Rousseff

Senador paraibano líder do PSDB rebate declaração de Dilma Rousseff
Parlamentares do PSDB rebateram, a declaração da presidente da República, Dilma Rousseff, na sua primeira entrevista após a posse no segundo mandato, sobre o esquema descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras. Ela disse que os fatos desvendados pela ação da Polícia Federal não ocorreriam se tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique (1995-2002), do PSDB, ainda na década de 1990. Segundo Dilma, "se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção".

O líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG) classificaram a declaração da presidente como uma tentativa de desviar o foco da investigação.

- A presidente mais uma vez tenta levar os brasileiros à ilusão. No país da presidente, funcionários da Petrobras, em entendimento com dirigentes de empresas privadas, fizeram uma grande articulação para lesar o Estado, contra os interesses dos governantes, contra o interesse daqueles que indicavam os diretores da Petrobras. Nada mais falso. Era hora de a presidente fazer sua mea-culpa — advertiu Aécio. Cássio Cunha Lima afirmou que o governo petista encontra-se fora de rumo, “sem chão”. Questionado sobre casos de corrupção na Petrobras durante os anos 1990, citados pelo ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, Cássio respondeu:

-  Corrupção existe desde sempre, mas o PT o fez de forma institucionalizada — afirmou.

Na Câmara dos Deputados, o líder do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP), informou que irá propor aos demais líderes da oposição uma série de requerimentos de quebra de sigilos, convocações e compartilhamento de documentos a serem protocolados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que será instalada na próxima quinta-feira (26).

Também será proposta a criação de três sub-relatorias com o intuito de dar maior agilidade aos trabalhos da CPI: de Sistematização, com o objetivo de organizar todo o acervo probatório da comissão; Operacional, para conduzir a investigação propriamente dita; e Núcleo Político, para investigar a atuação de agentes políticos “na organização criminosa que se instalou na Petrobras”. Investigações

A CPI vai investigar a prática de atos ilícitos e irregularidades no âmbito da Petrobras entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; ao superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e às irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.

Redação com agência senado  

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