sexta-feira, 27 de março de 2015

Portal nacional revela: Cássio e Aloysio pretendem apresentar projeto que acaba com o programa Mais Médico

Portal nacional revela: Cássio e Aloysio pretendem apresentar projeto que acaba com o programa Mais Médico
 Lider da oposição no Senado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e o seu colega Aloysio Nunes (PSDB-SP) apresentaram um projeto de decreto legislativo para sustar o acordo que viabilizou o ingresso de milhares de profissionais cubanos no Programa Mais Médicos. A medida atinge que o programa do governo federal “Mais Médico”, foi divulgada nesta sexta-feira (27) pelo site Pragmatismo Político.

Na Paraíba caso a medida vingue dezenas de medidos que prestam serviços médicos em diversas cidades paraibanas deixaram seus postos e pacientes sem atendimento.

Ao justificarem o projeto, os senadores citam reportagem da revista Veja, segundo a qual funcionários do Ministério da Saúde e da Opas admitiram que o termo de ajuste foi usado para evitar o exame do tema pelo Congresso Nacional, o que seria indispensável caso se celebrasse um acordo bilateral. “O referido termo de ajuste, firmado entre as partes, constitui ato normativo que exorbita do poder regulamentar próprio do Poder Executivo. Além disso, usurpa competência legislativa do Congresso Nacional em matéria de tratados, acordos ou atos internacionais”, concluem os senadores. O projeto será analisado, inicialmente, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A relevância do programa Mais Médicos e, principalmente, dos profissionais cubanos que integram o programa já foi relatada por centenas de pacientes. O início, porém, não foi de elogios.

Vítimas de uma resistência orquestrada por grandes veículos de comunicação e bastante hostilizados pelos partidos de oposição e por boa parte da classe médica brasileira quando chegaram ao Brasil, os médicos cubanos mostraram que têm muito a ensinar. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em Feira de Santana. O cubano Isoel Gomes Molina foi afastado da Unidade Básica de Saúde em que trabalhava após uma médica brasileira denunciar que o profissional teria receitado um remédio errado para uma criança de 1 ano. Toda a comunidade se mobilizou em defesa do profissional.

“Queremos ele de volta. Meu filho melhorou logo graças a ele. Estão com raiva porque os cubanos estão fazendo o trabalho que eles não querem fazer, pois os médicos brasileiros tratam a gente como se fôssemos animais”, relatou a mãe de um menino atendido por Isoel.

Uma sindicância foi aberta para apurar o caso e concluíram que o profissional de Cuba não havia cometido erro.

Na Paraíba O programa “Mais Médicos” na Paraíba atualmente segundo dados da gerente operacional da Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Shênia Maria Felício, totaliza 245 médicos em 169 municípios.

Os municípios contemplados com os 20 médicos cubanos são: Santana dos Garrotes (1), São José de Princesa (1), Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI (7), Alagoinha (1), Cabedelo (1), Araruna (1), Caturité (2), Cajazeirinhas (1), Santa Cecília (1), Cubati (1), São Bentinho (1) e Triunfo (2). O estado da Paraíba teve a poucos dias a abertura de mais 39 vagas disponíveis para a terceira chamada do Programa Mais Médicos 2015, de acordo com o Ministério da Saúde. As vagas são ofertadas para 19 municípios e um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).

Em municípios do Piauí, historicamente castigados pela ausência de médicos, a mortalidade infantil chegou a zero após a aparição dos profissionais cubanos. As mudanças radicais foram celebradas pela população. “O médico cubano dá atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, explica o que gente deve fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui atendido por vários”

Desistência Dos médicos estrangeiros e brasileiros que trabalham no Programa federal Mais Médicos, os cubanos foram os que menos abandonaram a missão até agora, com 0,2% de desistências. O índice de abandono de médicos de outras nacionalidades é de 0,8%. Em relação aos médicos brasileiros que participam do programa o índice de desistência ultrapassa os 8%.

No Brasil, a chegada dos médicos cubanos provocou mudança de comportamento em outros profissionais. A explicação para a mudança está na formação acadêmica: a medicina cubana incentiva laços mais estreitos com os pacientes. “Os médicos que vêm de fora colhem material para preventivo. Alguns não faziam isso. Mandavam sempre a enfermeira. Já ouvi muitos dizendo que agora vão fazer o procedimento”, conta uma funcionária de uma unidade de saúde do Rio de Janeiro.

Cuba desenvolveu há sessenta anos uma medicina única no mundo, que alia a medicina  moderna à medicina natural e tradicional. A ilha caribenha obtém hoje os melhores resultados do continente em matéria de saúde. No Brasil, como já foi relatado, os cubanos estão mudando a vida de milhares de brasileiros e transformando as relações entre médicos e pacientes; são esses profissionais que os senadores Cássio Cunha Lima e Aloysio Nunes querem expulsar do Brasil.


Redação com Pragmatismo Político

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